Às vezes acho que o tempo está me passando pra trás.
Não me sinto à vontade com os 25 anos. Meu rosto e corpo já apresentam sinais da idade que minha mente não consegue acompanhar. Meus amigos estão casando, fazendo filhos e eu ainda acho tão cedo. É cedo?
Quando atingir 25 anos, pensava, serei tão decidida quanto minha mãe, tão responsável como meu pai, e também não pensaria em tantas bobagens. Mas minha cabeça agarra-se em resquícios adolescentes. Ainda suspiro com romances ideais, ainda lembro dos 15 eternos dias na Disney, ainda acho que trabalhar é um negócio novo e apavorante.
O tempo passou. O bebê que nascia há 10 anos atrás hoje se torna meu afilhado.
Estamos todos mudados. Quem já era crescido, envelhece. Quem era pequeno, perde a inocência da infância. Quem era velho, morre.
E tenho a triste impressão que nunca vou conseguir me acostumar com isso.