segunda-feira, 23 de maio de 2011

Impressão rápida sobre estar sozinho.

"But you
You're not allowed
You're uninvited"

Estar só. Estar acompanhado. O verbo é transparente: estar não é constância.

Todos conhecemos aqueles exemplares que não suportam a idéia de ficar sozinho.

É idiotice levantar a bandeira de “nascemos sozinhos, morreremos sozinhos”. Como dizem (e mais madura, assino embaixo) a felicidade só é real se compartilhada. Mas ela precisa ser compartilhada no mesmo instante que é vivida?

Há alguns dias fui visitar uma amiga em casa. De lá, eu precisava ir direto ao teatro, para assistir a uma peça que outra amiga encenaria.

“Pobre moça!”, foi isso que senti quando disse que iria sozinha. O irmão dela não achava possível que um programa desses valesse fazer sozinho. E em tom de cavalheirismo, disse-me que se não tivesse isso ou aquilo para fazer, até iria comigo.

Por um milésimo de segundo, pensei “é...pobre de mim!”. Tentativa frustrada de auto-piedade! Não me senti miserável, desde que aprendi o que é estar sozinha.

Fui só não por falta de opção. Ninguém foi convidado. Eu me bastava.

Por mais de duas horas eu não falei, exceto um “obrigada” ou “com licença” para estranhos. Mas era dentro da minha cabeça que passavam os mais diversos assuntos, entre bobagens e sensações percebidas em condição de boca calada e olhos abertos.

No caminho, tomei chuva e vento gelado. Meu sapato, encharcado. Meu bom-humor, a água levou. O teatro? Não imaginava onde era. Andei uns 20 minutos sem saber que lugar estava, passando pelos mais diversos tipos de loucos e bêbados.

Ao fim da noite, uma recompensa: a única companhia da qual não posso fugir, mais uma vez me agradou.

domingo, 20 de março de 2011

Diálogos Impossíveis

Mãe: Quê?
Filho: Que o quê?
Mãe: Junior, você me chamou?
Filho: Mãe, eu só peidei!