segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A evolução decadente do tempo.


Às vezes acho que o tempo está me passando pra trás.

Não me sinto à vontade com os 25 anos. Meu rosto e corpo já apresentam sinais da idade que minha mente não consegue acompanhar. Meus amigos estão casando, fazendo filhos e eu ainda acho tão cedo. É cedo?

Quando atingir 25 anos, pensava, serei tão decidida quanto minha mãe, tão responsável como meu pai, e também não pensaria em tantas bobagens. Mas minha cabeça agarra-se em resquícios adolescentes. Ainda suspiro com romances ideais, ainda lembro dos 15 eternos dias na Disney, ainda acho que trabalhar é um negócio novo e apavorante.

O tempo passou. O bebê que nascia há 10 anos atrás hoje se torna meu afilhado.

Estamos todos mudados. Quem já era crescido, envelhece. Quem era pequeno, perde a inocência da infância. Quem era velho, morre.

E tenho a triste impressão que nunca vou conseguir me acostumar com isso.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Por favor, que horas são?

Meu celular marca 22h30. O seu 23h30.

Provavelmente o meu está certo, não é? O meu deve mudar automaticamente para o horário de verão. Vamos mudar o seu também, ok?

Mas antes, vamos conferir na internet. Sim! São 22h30.

Mais uma hora de sono! Perfeito pra fechar esse feriado com chave de ouro. Coloca pra despertar umas 9h, já que é seu rodízio, a gente sai umas 10 e você me leva pro trampo.

Dorme, acorda, dorme, acorda. Amor, já tá claro o dia...será que não perdemos a hora?
- Não, são 7 horas, pode dormir.

7h, 8h...

Despertador sempre pontual, toca às 9h como combinado. Levanto com a preguiça de 2ª feira para um banho demorado. Devia ir rápido porque depois é a vez dele.

O celular toca. É do trabalho:

- Aconteceu alguma coisa?
- Por quê?
- São 11 horas.
- ... 11 HORAS?!

Confere de novo na internet. São 10 ainda. Aff, a coitada entrou mais cedo e ainda quer me acelerar!

Sossego na incerteza, mas ainda ligo pra casa:


Que horas? 11?

São 10 horas, pode acreditar - dizia ele. Liga pro 103. Mas esse telefone nem existe mais!

- Tá, logo mais a gente passa por um relógio de rua.

19°C, 19° C, 19°C, abre o farol, 19° C, vira a cabeça, 19° C, 19...

Pelo menos temperatura não adere ao horário de verão. Ow, motoqueiro, estamos no horário de verão?

- Sim!

- Epa, valeu!

- São 11 horas.

- Putaqueopariu...até tu?

Bom chefe, essa é mais uma história do porque eu estar atrasada, digamos, pra cacete. Sabia que o horário daquele site era o horário que marcava no PC, ou seja, o errado?

Perdão, mas essa o senhor vai ter que entender.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Opraaaaaaaaaaaah!

Oprah me mostrou esta noite uma PUTA duma mansão do CARALHO na Costa Oeste dos EUA. 75 milhões (de dólares americanos).

8 quartos, 10 banheiros e meio, piscina(S), montanha artificial oca para alguma coisa que eu já esqueci, cinema, lanchonete, joalheria (sim, esse seria o cofre em forma de loja) e 3 pistas de boliche.

E eu só conseguia pensar: E pra limpar essa merda toda?

Porra de pensamento de pobre que me persegue.

Meu consolo é que Oprah também ficou embasbacada, não foi só a latininha da América do Sul aqui.



POST DERCY GONÇALVES STYLE. PERDÃO PELOS PALAVRÕES.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Eu não sei o que é colo quando fico triste.
Ouço: “você só sabe ver o seu lado. Veja o meu, deixe de ser egoísta.”.

Quando algo faz doer profundamente, pessoas próximas tentam me convencer que não é nada, somente mais uma frescura minha.

Acreditem que tudo em mim está triste. Eu quero um colo, um cafuné na cabeça...e me sentir um pouco especial.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Conversa de MSN

Irmão: O Elvis, o cachorro do Kenji, morreu.
Eu: Putz. :O não acredito =/. Que triste. De q q ele morreu?
Irmão: Sei lá, morreu.
Eu: Será que ele comeu coquinho?
Irmão: Não, morreu. Morreu de velho.
Eu: E quem encontrou?
Irmão: Sei lá, Cecilia! Só vc faz esses tipos de pergunta.
Eu: Puxa vida...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Exigências

Queria tanto lhe fazer feliz.
Quem sabe assim eu mesma não seria?

Se não sou dona desse sorriso,
Dá um pouco dele pra mim?
Ou me empresta.
Me faz pelo menos lembrar.


E por favor, mente que essa felicidade é toda pra mim.
Que fui eu que consegui.

Diz?

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Deve ser….


Desde que inventaram o relógio, o tempo nunca mais foi o bastante.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Eu daria tudo. Eu quero tudo.

Daria tudo pra trocar de vida, daria tudo pra trocar de emprego, daria tudo por um pai normal, dinheiro faz falta, e dinheiro demais só pode fazer mal, queria mudar de casa, queria morar sozinha, queria andar nua em casa, queria uma parede de escalar em casa, ou mesmo uma rede, queria ser mais inteligente, queria estar bem com meu corpo, queria ser mais esperta, queria uma casa no campo (para plantar meus amigos), queria mais amigos, queria menos festas, queria uma justificativa incontestável para estar vivo.

Losing something that I never had


Eu estava errada, eu estava errada,

Eu estava perdida, mas agora me achei.

Não se assuste, não se assuste,

Em perder algo que você nunca teve.

You never had it - Magic Numbers

Talvez todas as angústias que venho passado me deixaram de mãos atadas e cabeça desnorteada. Não consigo escrever, porque ao menos sei o que pensar.

Você sabe o que eu quero dizer?

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Sonhos sem nome.

Vendo TV dia desses, acompanhamos uma reportagem de pessoas que não tem registro. Então, tecnicamente, elas não existem. Trabalham, pagam suas coisas, pagam o imposto das coisas, mas existir, não existem.
São pessoas, mas não são cidadãs. Por isso mesmo não têm direito a atendimento médico e outras coisas também essenciais.


Ao ver aquele absurdo, a dificuldade de conseguir um registro sem ter outro registro, brotou uma maldadezinha no meu coração. Sabe aquela erva daninha que nasce e você nem tem tempo de evitar e vai crescendo, crescendo. Então puf! Botei pra fora.

Um dia o Mamonas Assassinas cantou “a minha felicidade é um crediário nas Casas Bahia”? Bom, foi tudo o que pude lembrar naquele momento.
Mas que cruel! Que coisa horrorosa! Que coisa lastimável! – disse minha mãe fazendo um movimento negativo com a cabeça.

Ah! Como me envergonhei de ter pensado aquilo e ainda mais gastar energia abrindo e fechando a boca só para profanar alguns quilos de maldade dentro de mim.

Ao final da reportagem, perguntaram para uma das pessoas entrevistadas qual a 1ª coisa que faria após conseguir seu documento. Podem adivinhar o que ela falou?
E o que eu disse, afinal, era a realidade crua. Os tais quilos de maldade que despejei pela boca até me deixaram um pouco mais magra. E atenta.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Eu sou uma farsa. Mas é melhor você não saber.

Como era de se esperar eu desisti. Pelo menos eu esperava.

Comecei este blog porque tinha uma boa história para contar. A do ar condicionado. Agradou o público feminino. Tinha algum fundamento e era um pouco divertido.

E aí o tempo passa. As coisas passam e penso: mmmm...isso ficaria bem no meu blog. Aí minutos também se passam e pimba, já era, o acontecimento cai no vale do esquecimento. Ou pra ser sincera, não tinha tanto merecimento para estar aqui.

Aliás, me digam por que um blog? Por que não uma agenda, um caderno, ou mesmo o Microsoft Word aqui no meu PC?

O que me incomoda e posso assumir essa fraqueza, é como escrevo. Não me sinto à vontade ao escrever e me ler.

Enfim, quem estiver lendo isso aqui pode estar pensando “pô, mais um post de crise textual?”. Posso responder de um modo bem infantil? O blog é meu, o pobrema é meu.

[hahaha]

Um dia eu estava lendo um e-mail da faculdade para os ex-alunos, pedindo um livro para um aluno carente, estudante de Economia. Arranjei o livro, que nem era meu e doei. Deu vontade, gosto de ajudar e o que custa?

Depois de inúmeros agradecimentos (Deus! Como eu amo essa faculdade!), pediram-me um texto sobre a minha vivência na universidade. Até hoje não mandei. Por quê? Desculpa de tempo. Mas por quê, de verdade? Sei lá, medo de cagar na história.

Já escrevi uma vez para eles, pelo visto gostaram, elogiaram e publicaram. Mas pô, 2ª vez que eu vou escrever. Tenho interesse, mas não quero.

Isso já entrou na lista de um zilhão de “coisas- que- me- incomodam- e- se- eu- não- resolver- logo- vai- me- seguir- a- vida- toda”. Que nem aquele dia na 4ª série que a professora pediu pra levarmos 1 folha de almaço cada. Eu levei 2 e uma foi emprestada. Até hoje não devolvida.

Já perdi pros outros coisas de mais valor e até coisas que não têm preço. Mas essa do almaço, não superei.

Vou de novo, tentar fazer com que isso aqui continue. Que seja pra mim, afinal, mesmo não sendo caderno ou diário com cadeado, ninguém lê.

Então tá, acordo feito. Vamos nutrir isso aqui.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

"Uma imagem vale mais que mil palavras. Agora tente dizer isso em uma imagem."


Como sabem, eu espero que saibam, sou uma redatora publicitária. Ora, o que faz uma redatora publicitária? Bom, é bem simples. Redator escreve, certo? E publicitário é aquele que trabalha com publicidade, ok? Coloca dois “a” para me identificar como uma pessoa do sexo feminino e pronto. Você aprendeu o que é.

E como nós mesmo dizemos... NÃO É SÓ ISSO! Não, não é só isso. Olha só, um redator publicitário também é um criativo! E não é só isso! Ele também é da criação. Bom, esse papo está para não-leigos. Deixe-me fazer entender: tem uns seres dessa vida que acham que a criação é SOMENTE o fulano que faz a arte, design, layout e pára por aí. Pois eu digo: geeeeeeeeeeeeeeeeeente, o texto também vem da cabeça de uma criatura, que tenta fugir do óbvio para TENTAR ser criativa.

E NÃO É SÓ ISSO (juro que é a última vez!). O redator também participa do desenvolvimento da idéia. Como se fosse criar vida, o redator entra com o espermatozóide e o diretor de arte entra com o óvulo. O redator pensa no nome do filho, se ele vai fazer natação desde bebê, se ele vai fazer intercâmbio algum dia. E o diretor de arte tá lá, gerando a coisa, fazendo a forma da criança.

Uma comparação meio palhaça, mas acho que deu pra pegar.

E como todo bom (bom?) redator que se preze, eu vou querer ler, reler, mudar esse texto. Mas só vou ficar no querer. Espero que não fiquem chateados por perder uns 3 minutos lendo esse post.

Por incrível que pareça, este não é um post dedicado à massa trabalhadora e desgraçada na qual me incluo. E sim, um jeito de tentar me convencer que tenho que escrever mais por aqui.

Porque só escreve quem gosta.
E só escolhe ser escritor por ofício quem ama escrever!
E escrever só profissionalmente é um saco!

Às vezes até passa na minha cabeça o porquê estou fazendo isso, sendo que não raramente me interesso mais nas fofocas da internet do que o que estou fazendo para garantir meu pão.

Tenho sim que resgatar essa vontade. Tenho que sentir de vocês o que acham do que escrevo, porque escritor também quer platéia.

PS.: Não resisti e fiz algumas alteraçõezinhas.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Coisas da (sua) vida.

Há alguns meses achei que tinham fatos que acontecem no dia-a-dia de cada um que mereciam destaque. Mesmo aqueles mais ínfimos, que passam despercebidos no que chamamos de consciente.

Sei que cada um tem sua própria vida, seu próprio gravador interno, e o livre arbítrio (e bom-senso) de não contar tudo o que vê e o que pensa.

Mas isso não seria muito interessante? Saber o que está se passando, como se você fosse os olhos da outra pessoa? Sei lá, pra mim é. Muito mesmo.

Assim, fui montando um arquivo chamado Cossas de la Bida, onde três ou quatro participantes atualizavam, quase que diariamente, o que sua retina assistia ou o que passava na sua cabeça, do pensamento mais besta ao mais absurdo.

Foi um bom laboratório, curioso, de autoconhecimento e conhecimento dos outros, claro.

Por isso, sugiro a troca: eu falo o que passa daqui, e vcs me dizem o que passa por aí. Um ítem, que seja.

COSSAS DE LA BIDA, por Cecilia. Em 02/04/2007:

- Acordei triste por causa do sacrifício de um cachorro.


- Mas tenho convicção que se não fosse pelo lado cristão-brasileiro, a eutanásia de todos animais (incluindo a gente) seria uma boa saída para um sofrimento prolongado.


- Têm dores no corpo que sei que nunca vão ter explicação. Até porque não procuramos saber. Aquelas agulhadas no cérebro: o que será que acontece lá dentro para que tenha uma reação tão desgraçada como essa?


- Ontem foi 1° de abril e não contei uma mentira sequer. Isso costumava ser engraçado quando era pequena.

É com vocês agora.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Tudo acabado entre mim e Lucas.

Este domingo fomos eu, namorado (Gregório), cunhada e sogra almoçar na casa da avó. A avó dele é portuguesa e, vocês sabem, portugueses são saudosistas ao extremo. Então vira e mexe ela recebe convidados portugueses que, morando lá na terrinha ou acá, conseguem manter uma amizade de 10 mil anos atrás.

Pois bem, mais um casal de portugueses para conhecer. E o neto deles. Uma graça de menino: 6 anos, bem articulado e esperto como toda essa safra de novos brasileirinhos.

Em 5 minutos ele queria que meu namorado fosse o pai dele:

“Você é tão legal.”

E em 5 minutos ele se apaixonou por mim:

“Tô caidinho por você.”

Disse que eu parecia uma atriz da novela X, e às vezes duvidava se não era mesmo a tal.

Entre brincadeiras de esconde-esconde com regras reinventadas a favor dele, ele me mandava beijinhos. E até rolou um pedido de casamento, mas não praquele domingo, porque tinhamos que fazer convites e comprar roupas apropriadas.

Eu e meu namorado precisávamos ir embora. E o menino me disse, choramingando, que não estava acostumado a se apaixonar e se afastar assim, tão rápido.

"Mas Lucas, você já se apaixonou alguma vez?"

Sim, ele respondeu, e que toda vez era assim.

Fomos embora e ele triste ficou, sentado em um degrau da longa escada branca, segurando o queixo com as mãos. Pudera, perdeu um propenso pai legal e uma esposa parecida com a atriz da novela.

Agora, minha cunhada me passou um recado do próprio Lucas, dizendo que eu sou muito bonita mas não devia ter mentido sobre meu caso com o Gregório.

E para quebrar de vez com as minhas esperanças, esbravejou de dentro do carro:

FALA PRA ELA QUE ESTÁ TUDO ACABADO ENTRE NÓS!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Ar condicionado. Atual causa da guerra dos sexos.


Homens são mais fortes, mais durões e também muito mais quentes. No sentido literal da palavra, quero dizer. Talvez esse seja o porquê da invenção do ar condicionado ter saído da cabeça de um macho.

Fim do problema deles e começo dos nossos, queridinhas. Sim, porque não são eles que têm a possibilidade e alternativa saia/sandália. Não são eles que têm as mãos geladas até no verão. E também não são eles que nem com um casaco ficam quentes o suficiente.

Onde eu trabalho, o controle do ar fica do meu lado. Até tento representar o time das mulheres e diminuir na surdina. Mas vem algum ratinho do sexo oposto e aumenta a porra do ar. E eu sequer percebo...isso até as coisas esfriarem novamente.

Bom, toda essa história só para pedir um conselho: como nós, mulheres, podemos sobreviver ao calor masculino?