Uma das qualidades que mais odeio em mim é o medo. É foda até de assumir. Mas sou medrosa, cagona, e isso tudo influencia nas minhas indecisões, que não só são muitas como são todas!
Esse medo de errar, de parecer imperfeita me atam. Esse medo de me exibir, de escrever num blog pra ser julgada por um e outro. Esse medo de arriscar uma nova carreira porque pode dar errado. Esse medo de ir atrás da felicidade, mesmo que ela não seja uma finalidade, mas sim uma busca eterna.
Medo de não ser marcante, medo de marcar demais.
Conheci o termo “bad trip” quando me entorpeci. Eu sinto que a bad é constante, mesmo nos momentos caretas. Mas por sorte, ignorada na maioria das vezes.
Por que me esconder num personagem engraçado, bobagento, com aquelas sacadinhas que todos gostam de ler? Porque não dá pra ser triste. Ninguém aguenta as tristezas de ninguém. Tristeza só da IBOPE na TV.
Assumir as fraquezas, as falhas de personalidade é arriscado. Porque elas para os olhos dos seus espectadores têm que ser invisíveis. E então fazemos questão de abafá-las.
Um dia, disse para um chefe: não vou sozinha visitar o cliente, sou insegura. Você tem que ir comigo até eu me acostumar. Depois disso uma colega fazia questão de repetir essa minha confissão: “você é insegura. E eu não!”.
Sei lá se é essa sociedade competitiva que nos fez ficar assim ou se sempre fomos assim. Nesse caso da minha ex-colega, o excesso de confiança dela se converteu a uma fraqueza também. De cagadas homéricas nunca assumidas a mentiras ditas dela para ela mesma.
E o que fazer com meu medo? Ainda não sei. Mas pensei em escrever pra vocês.
Agora estou nua, mostrando minhas vergonhas. Pode apontar e rir.
3 comentários:
Cecilia, Cecilia...
da próxima vez que for escrever sobre nuances íntimas da minha personalidade, por favor, consulte-me antes ;P
sério: era tudo oq eu queria dizer sobre mim, mas não sabia como. vai pro meu blog, com os devidos créditos e links e elogios pertinentes... pode?!
beijooos!
Um tal de Friedrich Nietzsche afirma em uma de suas obras que não me recordo o titulo: "É conveniente para os que padecem que deles vos compadeçais?"
Claro que não, e nesse caso, não há motivo algum. Tu és forte, tão forte a ponto de mostrar nuances de sua persona de maneira tão aberta que poucos fariam, conseguiriam fazer ou sequer têm conhecimento de como são.
Insegurança é algo aceitável e bastante normal. O medo de fazer esvai-se quando a vontade sobrepõe-se. Os dias de agir virão e se prepararão quando você estiver preparada, nada lhe impede.
E NÃO ESQUECE QUE VOCÊ É FODONA!
"Assumir as fraquezas, as falhas de personalidade é arriscado". Depende da forma com que assumir as fraquezas - o melhor é sempre usar de tato e com ações concretas, no sentido de fazer algo para não ficar refém das fraquezas. Normalmente, transformá-las em discurso no convívio não é uma boa, não por você, mas porque os outros, no mais das vezes, não fariam isso com relação as deles, e o resultado pode ser o de sua colega. Continue!
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